A filosofia racional e aberta do systema remonta ao século X, quando os guerreiros russos começaram a acumular técnicas marciais versáteis, práticas e instintivas, de assimilação rápida e adequadas à diversidade de terrenos, inimigos e condições ambientais. Atualmente, esta arte marcial integra o treinamento de unidades especiais das forças militares da Rússia.[2]
Não há campeonatos nem divisão por faixas; a única distinção que se faz é para os instrutores certificados. Quanto ao aspecto técnico, o systema procura abranger todas as possibilidades de combate: em pé, no solo ou sentado, contra um ou mais atacantes. Desde golpes contundentes e chaves, até as técnicas mais suaves, são recursos que precisam ser aplicados em conjunto com a movimentação, sem o que qualquer técnica perde eficiência. Há treino com facas, bastões, correntes, armas de fogo ou armas improvisadas[1]. O treino em velocidade realista também existe, mas é em ritmo mais lento que se aprimoram as habilidades de luta.[3]
Entende-se também que o combate deve ser trabalhado nos âmbitos psicológico, emocional e espiritual, para isso, é fundamental o papel da respiração e do relaxamento. A respiração não apenas aumenta a resistência do praticante como permite que ele perceba o combate com racionalidade e inteligência. O relaxamento, além de aumentar a efetividade dos movimentos ao reduzir os níveis de tensão desnecessária, também sabota a intenção agressiva do oponente[1].
A atmosfera do treinamento é de diálogo construtivo e de experimentação sem tabus. No systema o treino é holístico por necessidade, e por isso se espera que o praticante evolua não só como artista marcial, mas como ser humano.[1]